4 de jul. de 2012

Doenças Reprodutivas do Peri-parto


"Doenças reprodutivas no peri-parto"

Por Thúlio Carvalho Côrtes, Graduando do 6° período 
Curso de Medicina Veterinária, UNIPAC

A vaca passa por diversas alterações metabólicas e hormonais durante o peri-parto, período que compreende o ultimo mês de gestação e o primeiro mês após o parto. A queda no consumo de energia, minerais, vitaminas, o balanço energético negativo, com decorrência a mobilização de proteínas e gorduras corporais, as alterações drásticas dos níveis de estrógeno e progesterona e o aumento dos níveis de cortisol são fatores que contribuem para depressão imunológica nesse período.
Dentre as doenças mais importantes esta a febre do leite, onde nos primeiros dias de lactação, geralmente nas primeiras 72 horas após o parto há uma mobilização de Ca do sangue para produção de colostro e leite, gerando uma hipocalcemia no animal, no qual ele passa a apresentar instabilidade ao caminhar, espasmos musculares e dificuldade ao levantar – se.
Outras doenças bastante comuns são as infecções uterinas (metrites, endometrites clínicas e subclínicas), que tem sua prevalência aumentada quando associadas à retenção de placenta e a secreção vaginal purulenta (SVP), quem nem sempre tem associação com infecções uterinas.  A metrite e a endometrite normalmente tem relação com a Escherichia coli na primeira semana após o parto e a SVP com o Streptococcus pyogenes que persiste além de duas a três semanas após o parto.
A acidose ruminal, principalmente quando se trata da versão subaguda (sem apresentação de sinais clínicos), causa enormes prejuízos na pecuária leiteira, com a queda na ingestão de alimentos e diminuição da produção de leite.
Por isso deve-se levar em consideração a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento de forma mais rápida e o controle de dados da propriedade para detecção dos pontos críticos para que possam ser solucionados de forma rápida e eficaz.